(ENEM PPL - 2023)
As greves operárias que eclodiram em São Paulo, em junho de 1917, se tornariam o símbolo não só da miséria social vivida pela classe no período, mas também de rebeldia e revolta de mulheres e homens. Naquele momento, as mulheres ocupavam quase 34% da mão de obra, e no setor têxtil o número de empregadas superava o de homens. Na FábricadeFósforosPauliceia,oshomens chegavamareceber diárias de 4 mil réis, mas havia lá cem mulheres empregadas que não recebiam mais que 1 800 réis por dia. A manhã de 17 de outubro de 1917 nasceu com uma paralisação numa das fábricas de Matarazzo, a Mariângela. A notícia veiculada informava que as operárias do ramo têxtil reivindicavam aumento de 20% dos salários em atitude pacífica.
FRACCARO, G. C. C. Mulheres, sindicato e organização política nas greves de 1917 em São Paulo. Revista Brasileira de História, n. 76, 2017 (adaptado).
A situação dessas trabalhadoras coloca em evidência a
discrepância de escala nos horários noturnos.
desigualdade de gênero nas relações laborais.
dissimetria de critérios nos processos seletivos.
diferença de condições nas negociações sindicais.
disparidade de remuneração nos diferentes cargos.